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  • Não sou perito de forma alguma. Mas na minha perspectiva, e pelas tuas palavras, na tua também, tem tudo a ver com o PowerBank aquecer em excesso. Isso só pode acontecer porque:

    • está isolado e não consegue libertar o calor que produz. Por exemplo dentro de uma mochila ou bolsa, ou bolso. Que não precisa ser feito de material isolante, como neopreno - comum em bolsas de protecção de gadgets.
    • está num ambiente quente ou exposto ao calor, do sol, por exemplo. Que adiciona calor para além do calor que o PowerBank produz por ele próprio, e que necessita dissipar.
    • ou ainda, porque estás a usar um PowerBank com uma capacidade de descarga mais baixa que os equipamentos que usas. E quando estes equipamentos ‘pedem’ energia a um ritmo mais rápido, o PowerBank produz mais calor a um ritmo que o desenho do PowerBank não consegue libertar para o ambiente, e daí o PowerBank aquece. O sumário deste último ponto é que o teu PowerBank pode não ter capacidade suficiente para o que lhe estás a pedir, mesmo que a teoria das especificações (de venda) pareça indicar que sim.

    Espero que isso seja útil e boa sorte.



  • Obrigado pela resposta. Já me levou a ler mais sobre isto.

    Deixo 3 contra-pontos:

    • 72% é da produção. E França exporta. O consumo é significativamente mais baixo. Ainda assim muito acima dos 6% que eu falei.
    • Contudo, como dizer os anglófonos, quando tens um martelo na mão todos os problemas parecem pregos. O facto de que França usa muita electricidade de origem nuclear não significa que essa é a fonte mais eficiente, melhor,ou mais barata.
    • sobre a reutilização/reciclagem dos resíduos — não concordo que seja um problema resolvido. 96% é um racio, continuas a ter resíduo ao final. E nada é dito sobre a qualidade, ou perigosidade desse resíduo. 96% não especifica as ‘unidades’. Mesmo se fosse ‘96% da perigosidade’, 20 vezes menos não significa problema resolvido. O link que apontas não responde onde se depositam. Quem, e até quando… se vai pagar para cuidar desses resíduos. Que são detalhes importantes, não achas?


  • Privados não fazem estações de produção eléctrica nuclear. Se não gostas de negócios como, por exemplo, da Lusoponte, então nuclear não é para ti.

    Os impostos pagam a estação agora e logo se vê que preço a electricidade vai ter no futuro.

    Os lucros vão para o privado, e dependem quase só dos níveis de segurança exigidos para a operação. O incentivo para comprar os políticos e reguladores e mudar as regras para reduzir custos, é gigante.

    E não é que possas criar um mercado com concorrência. Aliás, até os trabalhadores têm que ser pre-aprovados. Por segurança.

    E pensar em vulnerabilidades como o que se vê agora na Ukrania? Onde se está a prever que alguém pode causar um acidente nuclear que vai afectar uma área maior do que Espanha? Quem paga a gestão desse tipo de segurança. O SIS, e esses custos também estão contados nos custos do nuclear?

    Mais, a produção não é flexível suficiente para acompanhar (como é necessário) o consumo eléctrico do momento. Ou seja, a produção electrica nuclear apenas é adequado para abastecer o consumo base, que corresponde a cerca de 6% do que é consumido.

    E que fazes ao resíduo? Há muito quem tenha teorias, não faltam. Mas na prática onde se depositam? E quem? E até quando?.. se vai pagar para cuidar desses resíduos?

    Para mim é como falar do comunismo. Fantástico na teoria - Utópico. Na prática, é o que se viu/vê.